Ele foi condenado pela Justiça do MA, em julho de 2008, a 18 anos de prisão..
Imirante.com
27/08/2013 às 10h20 - Atualizado em 27/08/2013 às 11h05

João de Elza está foragido do presídio do Maranhão desde dezembro de 2011
SÃO LUÍS - João Cutrim Matos, o João de Elza, foi preso em Cuiabá,
capital de Mato Grosso. Segundo informações, ele teria participado de um
assalto a caminhão de carga com fertilizantes avaliado em mais de R$ 1
milhão. O secretário de Estado de Segurança do Maranhão, Aluísio Mendes,
está buscando informações sobre a prisão e a transferência dele para o
presídio de São Luís.
João Cutrim Matos, o João de
Elza, é um dos dezenove apenados beneficiados com o Indulto de Natal que
não retornaram a Penitenciária de Pedrinhas, em dezembro de 2011.
João
de Elza foi condenado no dia 15 de julho de 2008, a 18 anos de prisão
por homicídio qualificado pelo assassinato do publicitário Manuel Dias
de Oliveira Filho, o Surama, crime ocorrido em 12 de agosto de 2001.
O
conselho de sentença, formado por sete jurados, sendo quatro homens e
três mulheres, decidiu por unanimidade pela condenação do réu. Por isso,
o juiz decretou a pena de 19 anos de reclusão, com a atenuante de um
ano por custa de tempo já cumprido de detenção de João de Elza, o que
totalizou um período de 18 anos de prisão, a serem cumpridos no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.
De acordo com o
secretário adjunto de Estabelecimentos Penais, João Bispo Serejo, 107
presos foram beneficiados pelo Indulto de Natal. Com relação ao detento
João de Elza, Bispo Serejo afirmou que ele era um preso de bom
comportamento e acabou sendo contemplado pela Justiça.
Caso Surama
João
de Elza nunca confessou a morte de Surama. Alega que sequer o conhecia.
Segundo o inquérito policial, o assassinato do publicitário está
relacionado a uma dívida de R$ 600,00 que a irmã dele, Adalgisa Dias de
Oliveira, teria com Teresa Lobato, a Tetê, dona do bar Sabor da Ilha, no
Olho d’Água, tida como amante do acusado.
A dívida
teria sido paga com um cheque, porém, sem fundos. Por isso, Teresa
passou a cobrar a comerciante, que prometeu efetuar o pagamento. Com o
passar dos dias, Teresa Lobato teria autorizado ao réu fazer a cobrança,
na manhã do crime, um domingo, dia 12 de agosto de 2001, no bar de
Adalgisa.
Surama, que morava em uma casa nos fundos
do bar, não teria gostado da maneira como João de Elza chegou para
cobrar Adalgisa. Ele, então, telefonou para Teresa Lobato, e teria
reclamado do procedimento do cobrador. Segundo a acusação, depois do
referido telefonema, a mulher teria contado tudo a João de Elza, que
teria decidido retornar ao bar e tomar satisfações. A vítima estava
dormindo e foi despertada pelo réu, que a matou.
Agravantes
João
de Elza é, segundo a polícia, integrante de quadrilhas especializadas
em assaltos a agências bancárias no Maranhão e em outros estados. Ele
também é conhecido como pistoleiro de aluguel e responde, além da morte
de Surama, por outros quatro homicídios praticados em São Luís e no
interior do estado. Por um desses crimes, cometido no município de
Cajari, ele foi condenado a seis anos de reclusão, em 1990, em Penalva.
Os
outros homicídios ocorreram em 1994, nas proximidades do bar Tom
Marrom, no Pingão, Anil; no ano seguinte, no povoado Coqueiro, em São
João Batista; e, em 1997, em Viana. Apesar de o assassinato de Surama
ter ocorrido em 2001, o criminoso só foi preso em abril de 2004, em
Goiânia, depois de ter sido denunciado por quadrilheiros, seus
comparsas.
Outra acusação
Além
de assassinatos e assaltos, João de Elza foi acusado, em agosto de
2006, conforme investigações procedidas pelo Serviço de Inteligência da
Polícia Federal, que encaminhou as informações à Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (Deic), de estar preparando uma emboscada, a ser
executada por um irmão seu, contra delegado Robson Rui Lopes, que já
foi diretor da Deic.
Os irmãos Matos Cutrim teriam
uma rixa antiga com a família do delegado. Há mais de 10 anos, uma
denúncia sobre roubo de gado, em Viana, feita por Miguel Lopes, pai de
Robson Rui, teria culminado com a prisão de Raimundo Cutrim, o
Raimundão, pai dos dois criminosos, que cumpriu pena no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.
Raimundão morreu pouco
tempo depois de deixar a penitenciária, causando mais revolta entre seus
familiares, que teriam passado a perseguir os de Miguel Lopes.
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